Eu não gosto de ficar doente. Quem gosta? Mas percebo, de novo, que não consigo entender os hipocondríacos. Como alguém pode gostar de hospitais e de remédios, e de injeções e de exames, e de agulhas e diagnósticos?

Eu detesto. Desde pequeno. Só vou ao médico quando estou quase morrendo. Ontem, no entanto, com os meus trinta e nove graus de febre, beirando os quarenta, e que não baixavam de nenhuma maneira, minha mãe me arrastou a uma emergência. Soro, e novalgina, e exames de sangue, e raios-x, e até as três e meia da manhã em uma emergência – é ruim.

Estava meio chapado. Desde a tarde, no trabalho, do qual saí mais cedo. Achei que simplesmente deitar e descansar melhoraria – geralmente melhora -, mas não deu certo. Febre. A médica disse que era uma infecção – não entrou em detalhes ou, se entrou, eu não percebi, zonzo que estava de febre e de sono. Passou remédios. Seis dias de antibióticos. Hoje, de repouso, apenas deitado assistindo Dexter. Espero melhorar. E espero que seja em breve.