bravura indômita

...now browsing by tag

 
 

Bravura Indômita

Wednesday, February 16th, 2011

Fui ver “Bravura Indômita” no cinema. Provavelmente não vai ganhar o Oscar, porque não é perturbador como um “Cisne Negro”, inovador como um “A Origem”, comovente como um “O Discurso do Rei”. Mas é um excelente filme de faroeste, de valores morais, de sentimento religioso.

A menina que quer vingar a morte do pai, o velho e rabugento caçador de recompensas, os bandidos que preservam um mínimo de honra. Os personagens não são novos. A atuação dá um colorido todo especial a trama. O mérito, a meu ver, está justamente no resgate de temas que estão fora de moda. Não me recordo do último filme de faroeste lançado, da última vez que protagonistas fumavam tranqüilamente na tela do cinema, do último bandido que, ao morrer, preocupava-se com uma sepultura cristã. Os temas não são novos; mas o resgate deles é inovador e digno de menção.

A primeira frase do filme, logo em epígrafe, é extraída do livro dos Provérbios. O condenado à forca, do cadafalso, faz uma exortação para que as pessoas não caiam na mesma desgraça em que ele caiu. A menina encomenda-se à caçada do assassino do pai sob os auspícios do Salmo 22. O filme é leve e é bonito, sem ser maniqueísta: há bondade e há bravura, e há maldade e pusilanimidade, sem que elas sejam (muito) caricaturizadas. Há até mesmo um final feliz, sem que seja contudo um final perfeito.

Não é um blockbuster. Más é, enfim, um bom filme – que vale a pena ser assistido.